STF inicia julgamento do Núcleo 4 da trama golpista nesta terça-feira

Allyson Xavier
14 de out.
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A imagem mostra a escultura de uma figura feminina sentada, representando a Justiça, com os olhos vendados e segurando uma balança, feita de material bege e texturizado. A escultura está posicionada em frente a uma estrutura arquitetônica moderna composta por painéis de mármore branco curvados, que formam um fundo elegante e simétrico. Ao lado esquerdo, há o anexo 1 do STF, com fachada verde escura de venezianas verticais e algumas árvores com folhagem verde. À esquerda da escultura, um homem de meia-idade, com cabelo grisalho e vestindo uma camisa preta e calça bege, caminha em direção à esquerda, carregando uma mochila nas costas. O chão é de pedra clara, e o céu visível entre as árvores está parcialmente nublado, indicando um dia claro. A cena transmite uma atmosfera de tranquilidade e simbolismo, provavelmente em um local público ou institucional, como um tribunal ou praça cívica. A foto é de Fábio Rodrigues Pozzedonn, da Agência Brasil

Sete réus são acusados de organizar desinformação e ataques virtuais contra instituições e autoridades, disseminando notícias falsas sobre as eleições de 2022 | Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira, 14 de outubro de 2025, o julgamento da ação penal relacionada ao Núcleo 4 da trama golpista associada ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A sessão está marcada para as 9h, com as sustentações das defesas e da Procuradoria-Geral da República (PGR), que atua como acusação. Mais três sessões, nos dias 15, 21 e 22 deste mês, estão reservadas para a conclusão do processo.

Sete réus são alvo desta ação, acusados de organizar ações de desinformação para difundir notícias falsas sobre as eleições de 2022 e realizar ataques virtuais contra instituições e autoridades. Os envolvidos são Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Reginaldo Vieira de Abreu, Marcelo Araújo Bormevet e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, todos com histórico militar ou policial, exceto o último, presidente do Instituto Voto Legal. Eles enfrentam acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O colegiado, composto pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia, decidirá sobre a condenação dos réus. Não haverá prisão imediata em caso de condenação, pois as defesas poderão recorrer. Até agora, apenas o Núcleo 1, que inclui Bolsonaro e outros sete réus, foi condenado. Os Núcleos 2 e 3 têm julgamentos agendados para novembro e dezembro, respectivamente, enquanto o Núcleo 5, envolvendo o empresário Paulo Figueiredo, ainda não tem data definida, devido à ausência de defesa apresentada por ele nos Estados Unidos.