top of page
Untitled-6.png
  • Instagram
  • Facebook
  • X

Sexta, 08 de agosto de 2025.

Tensão entre Israel e Irã se intensifica e mundo acompanha com preocupação

  • Foto do escritor: luzarjudith
    luzarjudith
  • 13 de jun.
  • 3 min de leitura

Bombardeios, ameaças e retaliações marcam os últimos dias entre os dois países; ONU e potências globais pedem contenção


Iron Dome, em Tel Aviv, bloqueando bombardeio durante a noite
Sistema de defesa aérea de Israel, o Iron Dome, intercepta mísseis iranianos sobre Tel Aviv - Foto: Leo Correia/AP

Na madrugada de 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva massiva denominada Operação Leão em Ascensão contra instalações nucleares, bases militares e lideranças iranianas, incluindo o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe do Estado-Maior, Mohammad Bagheri. O ataque atingiu locais como Natanz, Fordow e Tabriz, sendo considerado o maior dos últimos anos contra o Irã. Em resposta, Teerã lançou mais de 150 mísseis balísticos e 100 drones contra Jerusalém, Tel Aviv e outras regiões israelenses. Embora muitos tenham sido interceptados com apoio dos EUA, houve feridos e danos em áreas residenciais.


Situação interna de ambos os países


Israel declarou estado de alerta. Escolas foram fechadas, eventos cancelados, incluindo a Parada do Orgulho em Tel Aviv e a população foi instruída a buscar abrigos. Apesar da tensão, muitos cidadãos demonstram calma e confiança na defesa nacional. O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, declarou que Israel iniciou uma guerra e garantiu que a resposta seria severa. Para o embaixador iraniano na ONU, Amir Iravani, o ataque representava uma declaração de guerra e apelou por sanções contra os EUA, acusados de cumplicidade.



O que diz a comunidade internacional?


Rússia, China e a Liga Árabe condenaram os ataques de Israel contra o as instalsções nicleares e militares do Irã na última sexta-feira (13). Já potências ocidentais como França e Estados Unidos (EUA) deram suporte a ação de Tel Aviv.  Reino Unido, Índia e União Europeia (EU), apesar de não condenarem, nem apoiarem a ação, pediram contenção das hostilidades entre as partes envolvidas. O Brasil condenou o ataque argumentando que se trata de grave violação do direito internacional e da soberania do Irã. 


Impacto geopolítico e econômico


Diante da dificuldade em negociar no meio de um conflito, o acordo em Omã sobre limitar o programa nuclear iraniano em troca de alívio em sanções econômicas ficaram suspensas. Caso os confrontos se intensifiquem, há grande risco de que o acordo seja completamente descartado. Com mísseis sendo disparados e o risco de novos ataques, voos comerciais foram interrompidos em países próximos, como Jordânia e Iraque, tanto por segurança quanto por decisões governamentais. São decisões que causam impactos na aviação, comércio, turismo e até no aumento do valor de transporte de cargas.


Por ser uma das principais regiões exportadoras de petróleo no mundo, o mercado teme que o fornecimento de petróleo seja afetado, o que pode acontecer por meio de bloqueios, ataques a navios ou sanções. De acordo com JPMorgan, empresa global de serviços financeiros, o preço do barril de petróleo pode aumentar até U$ 120, em caso de escalada do conflito.


O que esperar nos próximos dias?


A tensão crescente na região pode desencadear uma escalada militar ainda maior, com o possível envolvimento de grupos aliados ao Irã, como o Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen. Paralelamente, a diplomacia internacional enfrenta grandes desafios. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, defendeu o caminho negociado entre Israel e Irã para a solução do conflito "Apesar das atuais ações militares e do aumento das tensões, está claro que o único caminho sustentável a seguir - para o Irã, para Israel, para toda a região e para a comunidade internacional - é aquele baseado no diálogo e na diplomacia para garantir paz, estabilidade e cooperação”, declarou.


Por que isso importa?


O Oriente Médio se encontra à beira de uma guerra aberta envolvendo potências nucleares. O futuro do acordo nuclear e do equilíbrio global está em risco. A economia global sente os efeitos imediatos, com alta nos preços do petróleo e volatilidade nos mercados

As próximas horas serão cruciais. O Irã avalia a intensidade de sua resposta militar enquanto Israel e EUA mantêm vigilância máxima. A diplomacia, por ora, vive sua última chance antes de novos conflitos.


Fontes: EBC, Reuters, G1, CNN Internacional, The Guardian, WSJ, Al Jazeera, Haaretz, ONU News, BBC News, The Times of Israel.

bottom of page