Resumão da semana: 16 a 20 de junho

Escalada de tensões no Oriente Médio, saúde de Bolsonaro e decisões de Alexandre de Moraes movimentaram a semana

Segunda semana de guerra entre Israel e Irã A guerra entre Israel e Irã, que entrou em sua segunda semana em 20 de junho de 2025, intensificou-se com trocas de ataques aéreos e mísseis, marcando uma escalada significativa nas tensões regionais. Os dois lados sofreram perdas: Israel reporta 24 mortos em ataques iranianos, enquanto o Irã contabiliza pelo menos 224 mortes, incluindo civis, segundo o Ministério da Saúde iraniano, embora grupos de direitos humanos estimem até 452 vítimas. Dois hospitais foram bombardeados, um deles foi ao sul de Israel, e outro em Kermanshan, no Irã.

Hospital Soroka Medical Center, maior do Sul de Israel, é atingido por ataques iranianos. Foto: Reuters

Enquanto Israel afirma ter destruído grande parte da capacidade de mísseis do Irã e controla o espaço aéreo iraniano, o Irã afirma haver potencial para uma guerra de atrito. Em paralelo à guerra, negociações diplomáticas começaram em Genebra com representantes do Irã, Alemanha, França, Reino Unido e UE, buscando um cessar-fogo, mas o Irã condiciona conversas à interrupção dos ataques israelenses.

Onde está Trump no meio disso?

O presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que decidirá sobre uma possível intervenção militar americana em duas semanas, mantendo a retórica de apoio a Israel, mas hesitando em entrar diretamente no conflito.

Saúde do ex-presidente volta aos holofotes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou sua agenda em Goiânia nesta sexta-feira (20/6) após sofrer um mal-estar e retornou a Brasília. Ele estava na cidade para participar da Feira de Agronegócios (Agrovem), mas, segundo o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-AL), precisou suspender compromissos, incluindo uma visita a Anápolis (GO), por questões de saúde. Na véspera, durante eventos em Goiás, ele já havia relatado desconforto gástrico, mencionando vômitos frequentes em uma cerimônia onde recebeu o título de cidadão goianiense.

Os episódios ocorrem três meses após uma cirurgia abdominal delicada, que durou 12 horas e exigiu três semanas de recuperação. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e acusado de liderar uma organização criminosa golpista. Ele também é investigado por monitoramento ilegal de autoridades e disseminação de desinformação sobre urnas eletrônicas. Em 2023, foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder nas eleições de 2022, ficando inelegível até 2030.

De volta pra cadeia: homem que quebrou relógio histórico no Planalto perde benefício do semiaberto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não deixou passar e mandou prender novamente Antônio Cláudio Alves Ferreira, mecânico condenado a 17 anos por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, Ferreira invadiu o Palácio do Planalto e destruiu um relógio histórico do século 17, uma peça de valor inestimável. A decisão, tomada na noite de quinta-feira (19/6), derrubou a soltura do condenado, que tinha sido liberado para o regime semiaberto por um juiz de Uberlândia.

O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira foi condenado a 17 anos de prisão por participar da invasão ao Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro

Ferreira estava preso desde janeiro de 2023, mas na terça-feira (17/6) conseguiu o benefício do regime semiaberto por ordem do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Uberlândia. Ao anular a decisão, Moraes argumentou que apenas o STF tem competência para decidir sobre casos ligados aos ataques golpistas.

Já que estamos falando do "Xandão"... O ministro não deixou passar batido e votou nesta sexta-feira (20) pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão. O motivo? Nelson participou dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e, no meio da confusão, saiu da Câmara dos Deputados com uma bola autografada pelo craque Neymar debaixo do braço.

Nelson foi acusado de invadir o Congresso Nacional e furtar uma bola autografada pelo jogador Neymar. Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

O caso aconteceu durante a invasão do Congresso Nacional, quando Nelson, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), aproveitou o caos para levar a bola, que fazia parte da exposição do museu da Câmara. No julgamento virtual, Moraes foi firme na acusação. Mas a trama tem um plot twist: no dia 28 de janeiro de 2023, Nelson se apresentou à Polícia Federal em Sorocaba (SP) e devolveu o "souvenir". Em seu depoimento, ele jurou que encontrou a bola jogada no chão, sem proteção, e que só a pegou para "dar uma protegida" e devolver depois. Será?

Personal é preso por furtar frango e banana em shopping de luxo em Brasília Um homem de 27 anos foi detido na última quinta-feira (19/06) após furtar uma penca de banana e um frango assado em um mercado localizado em um shopping de luxo no Lago Norte, em Brasília. A ação inusitada chamou a atenção dos seguranças do estabelecimento, que rapidamente interceptaram o suspeito antes que ele pudesse deixar o local.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi chamada para resolver o caso e levou o "gourmet de ocasião" para a Delegacia de Polícia do Paranoá. O furto inusitado virou piada nas redes sociais, com internautas debatendo se o cara queria montar um prato tropical ou só estava com fome de ostentação.

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Fontes: EBC, CNN Brasil, BBC, Euronews, G1