Escalada histórica: Israel e Irã mergulham no confronto militar mais grave das últimas décadas
- luzarjudith
- 18 de jun.
- 4 min de leitura
Bombardeios atingem instalações nucleares iranianas; Irã reage com ataques massivos a Israel; EUA ampliam presença militar na região e alertam para risco global
A tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar de gravidade neste mês de junho de 2025, com o acirramento direto do conflito entre Israel e Irã. As ofensivas cruzadas deixaram mais de 224 mortos no Irã, sendo 90% civis, incluindo 20 crianças e 1.400 feridos. Do outro lado, Israel teve ao menos 24 mortos, todos civis, e cerca de 600 feridos, com ataques iranianos atingindo Tel Aviv, Haifa e Petah Tikva. O conflito, que abala infraestruturas militares e nucleares, despertou temores globais sobre uma possível escalada sem precedentes.

Essa escalada ocorre em um contexto de instabilidade regional, agravado pela guerra em Gaza (iniciada em 7 de outubro de 2023, com o ataque do Hamas) e pelo enfraquecimento de grupos armados apoiados pelo Irã, como o Hezbollah e o Hamas, após operações militares israelenses.
O conflito tem implicações globais, incluindo tensões diplomáticas, aumento dos preços do petróleo, risco de envolvimento de potências como Estados Unidos, Rússia e China, e preocupações com a proliferação nuclear no Oriente Médio.
O que diz o presidente Donald Trump sobre a guerra?
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem usado redes sociais, entrevistas e comunicados oficiais com mensagens que oscilam entre apoio incondicional aos ataques israelenses e tentativas de se distanciar do conflito, mudando de tom rapidamente. Inicialmente, Trump afirmou que os EUA não estavam envolvidos nos ataques de Israel contra o Irã. Nos últimos dias, porém, ele publicou mensagens pedindo que os moradores de Teerã, capital iraniana, abandonassem a cidade, exigiu a "rendição total" do Irã e disse saber onde está o líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, mas que "não o mataria por enquanto".
Khamenei, por sua vez, advertiu que qualquer intervenção militar direta dos EUA "terá consequências sérias e irreparáveis". Durante um pronunciamento à nação, o líder supremo disse que "iranianos não respondem bem à linguagem da ameaça" e afirmou que Israel será "punido pelos seus erros".

Trump manteve o tom ambíguo sobre a possibilidade de um ataque americano ao Irã. “Há uma grande diferença entre agora e uma semana atrás. Posso fazer isso, posso não fazer isso. Ninguém sabe o que vou fazer”, alertou. Ele revelou, sem dar detalhes, que o Irã propôs uma reunião na Casa Branca, mas descreveu o país como “totalmente indefeso” e sem defesa aérea.
Após afirmar na véspera que sua paciência estava se esgotando, Trump declarou hoje que ela “já se esgotou”, mas, ao ser questionado se ainda era possível negociar, respondeu: “Nada é tarde.” Essas declarações contraditórias intensificam a incerteza global sobre o papel dos EUA no conflito.
A resposta internacional à Guerra Israel-Irã
Com o conflito entrando em seu sexto dia, países como China, Rússia e membros da União Europeia (UE) pedem uma trégua imediata, enquanto o G7 emite alertas de segurança máxima. Milhares de cidadãos estrangeiros estão sendo retirados de cidades em Israel e no Irã, e a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) confirmou danos significativos em instalações nucleares iranianas, levantando preocupações sobre segurança nuclear.

Cenário atual
O que vem a seguir?
Analistas internacionais classificam o momento como "o ponto mais perigoso das últimas décadas no Oriente Médio". As próximas horas serão decisivas:
Haverá avanço para um conflito direto EUA-Irã?
O Irã cruzará novas linhas vermelhas com mísseis de maior alcance?
As negociações diplomáticas conseguirão interromper a espiral de violência?
Histórico do conflito entre Israel e Irã
Na madrugada de 13 de junho, Israel lançou a operação “Rising Lion”, que atingiu cerca de 100 alvos estratégicos em território iraniano. As ofensivas visaram:
Complexos nucleares, incluindo a central de Natanz;
Bases militares da Guarda Revolucionária;
Centros de pesquisa de mísseis;
Residências de altos oficiais iranianos, como o comandante Hossein Salami, e cientistas nucleares.
O ataque foi descrito por fontes militares israelenses como "preventivo e definitivo", sob o argumento de que o Irã estaria prestes a cruzar o ponto irreversível de enriquecimento de urânio.
Retaliação iraniana atinge cidades israelenses
Em resposta, o Irã lançou uma série massiva de ataques, incluindo:
Mais de 100 drones de ataque;
Centenas de mísseis balísticos disparados contra cidades israelenses e bases americanas na região;
Alvos atingidos em Tel Aviv, Haifa, Rehovot e Bat Yam, deixando dezenas de civis mortos e centenas de feridos.
A maioria dos mísseis foi interceptada pelo sofisticado sistema de defesa antimísseis israelense, com apoio logístico e operacional das forças armadas dos Estados Unidos.
O Eixo Central segue monitorando cada movimento desta crise que já afeta não apenas o Oriente Médio, mas reverbera nos mercados financeiros e energéticos globais.
Fontes:
New York Post, Axios, The Guardian, The Times, IAEA, RAND Corporation, BBC, APNews




















