Por que Ramagem responde a menos crimes no julgamento da trama golpista no STF?
- Allyson Xavier
- 1 de set.
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Atualizado: 4 de set.

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento de Jair Bolsonaro e sete aliados, incluindo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), acusados de articular um golpe para reverter as eleições de 2022. Enquanto os réus enfrentam cinco crimes, Ramagem responde apenas a três, devido à imunidade parlamentar garantida pela Constituição.
Ramagem, ex-diretor da Abin, é acusado de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As acusações de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, ligadas aos atos de 8 de janeiro de 2023, foram suspensas, pois, como deputado, ele só pode ser processado por esses delitos com autorização da Câmara dos Deputados, conforme o artigo 53 da Constituição. Assim, a denúncia se concentra nos crimes considerados mais graves, ligados a ações anteriores ao mandato de Ramagem, quando ele ainda era diretor da Abin.
O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, envolve o “núcleo 1” da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta Bolsonaro como líder do suposto plano golpista. Além de Ramagem, são réus Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Mauro Cid, que fez delação premiada.
O STF reforçou a segurança para as sessões, marcadas para 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, com 1.200 credenciados para acompanhar por telão.




















