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Sexta, 08 de agosto de 2025.

Gilson Machado, ex-ministro do governo Bolsonaro, é preso em Recife pela PF

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • 13 de jun.
  • 2 min de leitura

Ex-ministro do Turismo é investigado por tentar facilitar saída de Cid do país, além de tentar arrecadar valores para Bolsonaro


Gilson Machado discursando com fundo azul
Foto: ISAC NÓBREGA/PR

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso nesta sexta-feira (13) em Recife (PE). A prisão ocorreu após suspeita da Procuradoria‑Geral da República (PGR) de que ex-ministro tentou conseguir um passaporte português ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Machado por obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal.


De acordo com a Polícia Federal, em maio, Machado teria atuado junto ao consulado de Portugal em Recife para tentar obter um passaporte português para Cid, presumidamente com o intuito de facilitar sua fuga e atrapalhar a instrução do processo penal. A PGR apontou tratar-se de “elementos sugestivos” de obstrução à justiça, justificando a necessidade de busca e apreensão, além da quebra de sigilo bancário e telemático do ex-ministro.


Além disso, a investigação se estende a uma outra frente: a campanha de arrecadação de doações via Pix que Machado divulgou em suas redes sociais em apoio a Jair Bolsonaro — iniciativa que despertou atenção de autoridades, dado o risco de uso político-personalista de recursos arrecadados.


Contexto Político

Campanha de doações: Em maio, Machado publicou vídeo convocando seguidores a enviarem recursos, com alegação de custear despesas de Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro no exterior. A PGR considera ser parte de estratégia para obstruir investigações relacionadas ao caso do golpe.


Relevância do caso: A abertura do inquérito no STF acende nova luz sobre possíveis tentativas de influência em estruturas investigativas e fortalece o cruzamento entre redes sociais e risco à ordem jurídica.


Posição de Machado: O ex-ministro nega envolvimento no caso de Mauro Cid, afirmando que tratava apenas de assuntos pessoais ligados ao pai. Já sobre as doações, ainda não houve resposta oficial no âmbito do pedido do STF.


O que vem pela frente?


A autorização de inquérito no STF pode desencadear em quebra de sigilos e cumprimento de mandados, identificação de eventuais outros envolvidos ou beneficiários e possibilidade de ampliação para outros focos relacionados à tentativa de golpe de 2022.


Caso comprovados indícios de crime, Machado pode responder por obstrução de justiça e favorecimento pessoal a investigados.


Até o momento, não houve pronunciamento oficial por parte de Gilson Machado sobre o pedido de inquérito ao STF em sua conta do Instagram ou por meio de seus advogados.

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