Suprema Corte da Argentina confirma condenação de Cristina Kirchner a seis anos de prisão
- luzarjudith
- 11 de jun.
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Ex-presidente é considerada culpada por corrupção em obras públicas e fica inelegível; defesa avalia prisão domiciliar
A Suprema Corte da Argentina confirmou, na terça-feira (10), a sentença de seis anos de prisão contra a ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner por corrupção. A decisão também proíbe Kirchner de ocupar cargos públicos pelo resto da vida, encerrando o último recurso da defesa.

A condenação refere-se a irregularidades em 51 contratos de obras rodoviárias na província de Santa Cruz, concedidos ao empresário Lázaro Báez, aliado de Kirchner e de seu falecido marido, Néstor Kirchner. As fraudes, segundo a Justiça, causaram um prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão ao erário argentino. Apesar de absolvida da acusação de associação criminosa, Kirchner foi considerada culpada por administração fraudulenta.
O que acontece agora?
A defesa agora tem 10 dias para apresentar Kirchner à Justiça e pode solicitar que a pena seja cumprida em regime domiciliar, devido à idade da ex-presidente. Aos 72 anos, a ex-presidente, que comandou a Argentina entre 2007 e 2015 e foi vice-presidenta de 2019 a 2023, classificou a sentença como “perseguição política”. Em pronunciamento antes da decisão, ela afirmou que a prisão seria “um certificado de dignidade” e acusou a Corte de atuar a serviço de interesses econômicos.
Impacto político e reações
A decisão enterra as pretensões de Kirchner de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pela província de Buenos Aires nas eleições de setembro de 2025. Ícone do peronismo, ela segue como uma das figuras mais polarizadoras da política argentina. O presidente Javier Milei celebrou a sentença no X, com a mensagem “Justiça. Fim”. Já a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, reforçou: “Quem faz o mal, paga”.
A sentença reacende debates sobre corrupção e judicialização da política na América Latina, com ecos em países como o Brasil, onde casos semelhantes já alimentaram disputas ideológicas.
Com informações da CNN Brasil.