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Sexta, 08 de agosto de 2025.

Hospital Veterinário de Animais Silvestres do DF atende primeiras vítimas de queimadas em 2025

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Com a chegada da estação seca no Distrito Federal, o Hospital Veterinário Público de Animais Silvestres (Hfaus) já recebe os primeiros animais feridos por incêndios florestais. Entre os pacientes estão um jabuti e uma tamanduá-mirim, resgatados na Floresta Nacional de Brasília (Flona) com graves queimaduras. Segundo Thiago Marques, biólogo e coordenador do Hfaus, o jabuti chegou com o casco e as patas queimados, além de desidratado.


O jabuti foi internado com queimaduras no casco e nas patas, mas após limpezas e tratamento com pomadas, está se recuperando bem. | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
O jabuti foi internado com queimaduras no casco e nas patas, mas após limpezas e tratamento com pomadas, está se recuperando bem. | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Após tratamento com pomadas e limpezas, o animal está se recuperando bem, alimentando-se e tomando banhos de sol. “Estamos monitorando possíveis perdas nas placas ósseas do casco, que podem exigir reconstrução com resina para evitar infecções”, explica.


Tratamento inovador com pele de tilápia


A tamanduá-mirim, em estado mais grave, com 80% do corpo queimado, recebe um tratamento especial: a aplicação de pele de tilápia, técnica que acelera a cicatrização de queimaduras profundas. A equipe do Hfaus, capacitada para preparar e aplicar o material, garante maior agilidade e redução de custos. “A pele de tilápia é uma grande aliada. Nossa equipe está preparada para utilizá-la diretamente no hospital”, destaca Thiago.


Os profissionais do Hfaus foram capacitados para preparar e aplicar a pele de tilápia nos procedimentos | Foto: Agência Brasília
Os profissionais do Hfaus foram capacitados para preparar e aplicar a pele de tilápia nos procedimentos | Foto: Agência Brasília

A tamanduá segue sob cuidados intensos, com monitoramento constante de hidratação e temperatura, já que seu metabolismo lento aumenta o risco de hipotermia. “Ela ainda não está fora de perigo, mas nosso foco é oferecer conforto e vigilância contínua”, afirma o biólogo.


Atendimento e aumento de casos


O Hfaus realiza triagem clínica e documental, encaminhando casos graves para cirurgias ou curativos, com planos individualizados de reabilitação e alimentação. Em 2024, o hospital atendeu 11 animais vítimas de queimadas, sendo seis reintegrados à natureza pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Thiago Marques alerta para o aumento de casos na seca, incluindo queimaduras, atropelamentos, maus-tratos e fugas por perda de habitat. “Os animais acabam buscando áreas urbanas em busca de alimento, o que eleva os incidentes”, explica.


Como agir ao encontrar um animal ferido


A recomendação é não manusear o animal e acionar os órgãos competentes:


  • Polícia Militar: 190

  • Corpo de Bombeiros: 193

  • Brasília Ambiental (Ibram): 3214-5637

  • Linha Verde do Ibama: 0800 61 8080


A tenente Thays Gonçalves, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), destaca que a Flona e o Parque Nacional de Brasília são as áreas mais afetadas por incêndios, muitas vezes causados por ações criminosas ou descuidos. “Além das queimaduras, os incêndios causam desequilíbrio ambiental, afetando a cadeia alimentar, a flora e o clima. Muitos animais perdem a capacidade de sobreviver na natureza”, alerta.


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