Sete anos depois, Justiça inocenta acusados e reacende ferida das famílias do Ninho do Urubu
- Allyson Xavier
- 22 de out.
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Quase sete anos após o trágico incêndio no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, a 36ª Vara Criminal da Capital absolveu os sete acusados de incêndio culposo e lesão grave. A decisão, proferida pelo juiz Tiago Fernandes Barros, ainda pode ser recorrida. O incêndio, ocorrido em fevereiro de 2019, matou dez adolescentes de 14 a 16 anos, jogadores das categorias de base do clube, e deixou três feridos.
O fogo começou em um aparelho de ar condicionado nos contêineres usados como alojamento, onde 26 atletas dormiam. O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a condenação dos réus em maio, após ouvir mais de 40 testemunhas, mas a ação foi considerada improcedente.
Réus e processo
Entre os acusados estavam dois diretores do Flamengo, dois engenheiros responsáveis pelos contêineres e sócios da empresa de refrigeração que fazia a manutenção dos aparelhos de ar condicionado. Antes dessa decisão, o processo contra o ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, já havia sido extinto, e outros três réus foram absolvidos. As famílias dos dez jovens mortos receberam indenizações do Flamengo.
Decisão sobre indenizações
Em setembro, a 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou, por unanimidade, um recurso do Flamengo que buscava incluir a empresa NHJ do Brasil no processo de indenizações às vítimas. A desembargadora Sirley Abreu Biondi destacou que a tentativa do clube de transferir a responsabilidade para terceiros contraria a jurisprudência. Com informações da Agência Brasil





















