Reclamar demais pode adoecer o cérebro, alertam estudos científicos
- Allyson Xavier
- 3 de set.
- 2 min de leitura

Reclamar pode parecer normal, mas fazer disso um hábito impacta o cérebro. Estudos mostram que reclamações constantes liberam cortisol, o hormônio do estresse, e podem até prejudicar a memória. Mas há maneiras de escapar desse ciclo negativo. Confira o que a ciência diz e como proteger sua saúde mental.
Como as reclamações afetam o cérebro?
Quando reclamamos, usamos a voz para expressar insatisfação, ativando áreas do cérebro ligadas às emoções. “A percepção de sofrimento em queixas vocais aumenta a atividade em áreas emocionais da voz”, explica o neurologista Matheus Ferreira Gomes, da Academia Brasileira de Neurologia, em entrevista ao portal Comunica UFU em junho de 2025. O tom da fala passa essa emoção, criando empatia em quem ouve.
Riscos para a saúde mental
Um estudo da Universidade Stanford, de 2012, revelou que ouvir reclamações por mais de 30 minutos pode reduzir o hipocampo, uma área do cérebro importante para memória e resolução de problemas. Já a revista Inc., em 2017, destacou que reclamar frequentemente aumenta o cortisol, prejudicando sono, imunidade e pressão arterial.
Gomes esclarece que não há consenso sobre danos permanentes ao cérebro, mas o pessimismo crônico e o estresse podem desregular hormônios. “O problema não é reclamar pontualmente, mas quando o hábito se torna crônico, podendo liberar cortisol em excesso e comprometer a saúde ao longo do tempo”, afirma o neurologista.
Sete dicas para sair do ciclo negativo
Para evitar os efeitos das reclamações, especialistas sugerem mudar hábitos e adotar práticas positivas. Aqui estão sete dicas simples:
Pare e reflita: Perceba quando você reclama muito e tente mudar o padrão.
Proteja sua memória: Evite longas sessões de queixas para não afetar o hipocampo.
Use o cérebro a seu favor: O cérebro se adapta ao que você faz. Reclamar menos ajuda a criar hábitos positivos.
Controle o estresse: Menos reclamações reduzem o cortisol, protegendo sono e imunidade.
Cuidado com quem ouve: Suas queixas podem deixar outras pessoas mais negativas.
Confie na ciência com cautela: Nem todos os estudos confirmam danos diretos, mas o estresse crônico é um risco.
Pratique o positivo: Gratidão, meditação e atenção plena fortalecem a saúde mental
Fontes: Comunica UFU





















