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sábado, 08 de novembro de 2025

Ciência e Tecnologia

Hollywood em pânico com “atriz” de IA que ameaça substituir humanos

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • 7 de out.
  • 2 min de leitura
Imagem: Xicoia/Particle6
Imagem: Xicoia/Particle6

Hollywood descobriu seu novo pesadelo: Tilly Norwood, uma “atriz” 100% gerada por inteligência artificial, criada pela empresa Xicoia/Particle6. A companhia promove sua criação como “a próxima Scarlett Johansson”, uma estrela digital que nunca envelhece, cansa ou reclama. Agências de talentos já demonstram interesse em contratá-la, acendendo um alerta vermelho na indústria do entretenimento.


A revelação provocou reações intensas entre atores e produtores. Emily Blunt reagiu com indignação: “Meu Deus, estamos ferrados. Agências, por favor parem. Parem de tirar nossa conexão humana.” A atriz Melissa Barrera foi ainda mais direta: “Espero que todos os atores larguem o agente que fizer isso.” Já Mara Wilson, estrela de Matilda, questionou o aspecto ético da criação: “E as centenas de mulheres cujos rostos foram usados para criá-la? Não podiam contratar nenhuma delas?” O roteirista Brian Duffield observou um ponto inquietante: “Revelador que criaram uma adolescente que pudessem controlar.”


Tilly Norwood foi desenvolvida a partir de modelos de aprendizado profundo, que combinaram milhares de imagens e vozes femininas para gerar um rosto, expressões e comportamentos totalmente sintéticos. O resultado é uma personagem capaz de atuar, conceder entrevistas e interagir com fãs nas redes como se fosse humana, uma “atriz” que não envelhece e pode ser moldada conforme a vontade dos estúdios.


Em meio à repercussão, o CEO da Particle6 afirmou que “em fevereiro todos diziam que isso nunca aconteceria, mas em maio já queriam fechar negócio”. Segundo ele, a agência que representará Tilly será anunciada nos próximos meses, indicando que a experiência experimental pode em breve se tornar uma operação comercial real.

O episódio revive o pesadelo das greves de 2023, quando roteiristas e atores paralisaram Hollywood para exigir regras sobre o uso de IA em produções audiovisuais. As discussões que pareciam distantes agora ganham corpo, transformando a ficção em realidade.


Especialistas em ética digital alertam para o risco de violação de direitos de imagem, uso indevido de dados e substituição de artistas humanos por avatares controlados por empresas. A promessa de economia e previsibilidade para os estúdios pode significar o início de uma nova fase de desumanização da arte.


O publicitário e especialista em experiência do usuário, Allyson Xavier, entrevistado pelo Eixo Central, avalia que o avanço da inteligência artificial no cinema representa um dilema entre inovação e sensibilidade humana. Para ele, o risco não está apenas na perda de empregos, mas na erosão da conexão emocional entre artista e público.

“Se a emoção puder ser fabricada, o público vira algoritmo. E nesse dia, o entretenimento deixa de ser arte para se tornar apenas um produto.” Allyson Xavier, publicitário e especialista em experiência do usuário.


Por trás do brilho tecnológico, o número impressiona: mais de dez ferramentas de IA foram usadas na construção de Tilly Norwood, entre elas ChatGPT e Runway. Ela foi projetada para não envelhecer, não cansar e conversar com fãs como se fosse humana, o que a torna, para muitos executivos, a estrela perfeita, e para os artistas, o presságio de um futuro inquietante.


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Fontes: B9, Variety, The Guardian, ScreenRant, BBC

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