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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Ciência e Tecnologia

Desmatamento tropical está ligado a 28 mil mortes anuais por calor

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • 27 de ago
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de ago

grande incêndio que ocorreu em 2024 no Parque Nacional de Brasília
Brasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um estudo publicado na Nature Climate Change (27/8) analisou, em escala pantropical, o impacto do desmatamento em florestas tropicais das Américas, África e Ásia na saúde humana. Liderada pela Universidade de Leeds, com colaboração da Fiocruz e da Universidade Kwame Nkrumah (Gana), a pesquisa revelou que a perda florestal eleva temperaturas locais, causando cerca de 28 mil mortes por ano, quase todas evitáveis.


Entre 2001 e 2020, 345 milhões de pessoas em regiões tropicais foram expostas ao aquecimento causado pelo desmatamento, com aumento médio de 0,27°C na temperatura da superfície terrestre. O Sudeste Asiático registra o maior impacto, com 8 a 11 mortes por 100 mil habitantes em áreas desmatadas. Américas e África tropicais também têm números significativos, com o desmatamento contribuindo para mais de um terço das mortes por calor ligadas às mudanças climáticas.


Perda florestal intensifica calor


No período, 1,6 milhão de km² de florestas foram perdidos: 760 mil km² nas Américas Central e do Sul, 490 mil km² no Sudeste Asiático e 340 mil km² na África. Áreas desmatadas aqueceram +0,70°C, contra +0,20°C em áreas preservadas. Entre 2003 e 2018, 2,8 milhões de trabalhadores tropicais enfrentaram calor acima dos limites seguros, aumentando riscos de doenças cardiovasculares e mortalidade, especialmente em países de baixa renda com pouca infraestrutura. Beatriz Oliveira, da Fiocruz Piauí, destaca: 

“A redução do desmatamento é uma questão de saúde pública. Além de regular o clima, as florestas são essenciais para a qualidade de vida e o bem-estar das populações vulneráveis que dependem desses ecossistemas.”

Aquecimento maior em áreas desmatadas


Áreas desmatadas aqueceram mais, com +0,73°C nas Américas, +0,75°C na África e +0,61°C no Sudeste Asiático, até nove vezes acima das áreas florestadas. Dados de satélite, validados pelo modelo ERA5, mostram aquecimento médio de +0,45°C atribuído ao desmatamento, com destaque para o Arco do Desmatamento (Amazônia), Sumatra, Bornéu, Guatemala, Gana e Camboja.


Impactos humanos do desmatamento

Dos 3,5 bilhões de habitantes dos trópicos, 452 milhões vivem em áreas desmatadas, com 345 milhões expostos ao aquecimento, incluindo 33 milhões a aumentos acima de +1°C. A África lidera com 148 milhões de expostos, seguida pelo Sudeste Asiático (122 milhões) e Américas (67 milhões). O estudo estima 28.330 mortes anuais por calor ligado ao desmatamento, sendo 15.680 no Sudeste Asiático, 9.890 na África e 2.520 nas Américas. Com informações da Agência Fiocruz de Notícias

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