top of page
  • Instagram
  • Facebook
  • X
logo

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Ciência e Tecnologia

Brasileira entra para lista da Time dos 100 mais influentes em IA com ferramenta gratuita para o SUS

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • 2 de out.
  • 2 min de leitura

Farmacêutica gaúcha Ana Helena Ulbrich criou sistema que já analisou mais de 5 milhões de prescrições médicas em hospitais brasileiros


Divulgação: Irmãos Ana Helena Ulbrich e Henrique Dias criaram sistema de inteligência artificial que ajuda farmacêuticos em hospitais
Divulgação: Irmãos Ana Helena Ulbrich e Henrique Dias criaram sistema de inteligência artificial que ajuda farmacêuticos em hospitais

A revista Time publicou, no início deste mês, sua primeira lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da inteligência artificial (IA). Entre nomes de peso como Elon Musk (Tesla e xAI), Sam Altman (OpenAI), Mark Zuckerberg (Meta) e Jensen Huang (Nvidia), está também a brasileira Ana Helena Ulbrich, farmacêutica de Capão da Canoa (RS), reconhecida pelo trabalho de impacto social que desenvolve no Brasil.


Ulbrich, junto ao irmão cientista de dados Henrique Dias, criou a NoHarm, um instituto sem fins lucrativos que oferece gratuitamente ao SUS uma ferramenta de IA capaz de reduzir erros em prescrições médicas. O sistema analisa prontuários, exames e interações entre medicamentos, alertando farmacêuticos para possíveis riscos aos pacientes.


A ideia surgiu em 2017, quando Ulbrich trabalhava no Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre. Com apenas dois minutos para revisar cada prescrição em meio a centenas de casos diários, ela se sentia insegura quanto à qualidade da avaliação. As conversas com o irmão, doutorando em informática na PUC-RS, resultaram em um algoritmo para detectar falhas. Em 2019, os irmãos fundaram o instituto NoHarm com recursos obtidos em prêmios de inovação. A primeira prescrição analisada pelo sistema ocorreu em março de 2020, na Santa Casa de Porto Alegre.


Hoje, a ferramenta é utilizada por 200 hospitais no país, processando mais de 5 milhões de prescrições por mês e beneficiando cerca de 2,5 milhões de pacientes. Com a mesma equipe, hospitais que adotaram o sistema conseguiram aumentar em quatro vezes o número de prescrições analisadas.

Hospitais privados pagam uma taxa para usar a tecnologia, mas para a rede pública o acesso é 100% gratuito, um compromisso que norteou o projeto desde o início.


Diferente de startups do setor, Ulbrich e Dias optaram por manter a NoHarm como associação sem fins lucrativos. Segundo a farmacêutica, a decisão de não aceitar investidores privados foi fundamental para preservar a independência e garantir a gratuidade ao SUS.


NoHarm funciona como um instituto sem fins lucrativos
NoHarm funciona como um instituto sem fins lucrativos

A NoHarm cresceu com apoio de editais e prêmios de grandes organizações, como o Google, a Amazon e a Fundação Bill e Melinda Gates, que reconheceram o impacto do projeto. A distinção da Time deu ainda mais visibilidade ao trabalho. Ulbrich passou a receber convites para palestras nos Estados Unidos, Egito e Emirados Árabes, reforçando o alcance global da iniciativa. Para ela, ética é a palavra-chave quando o assunto é inteligência artificial.


Enquanto gigantes da tecnologia acumulam lucros bilionários com inteligência artificial, o trabalho da NoHarm mostra uma alternativa: usar a inovação para salvar vidas e fortalecer o sistema público de saúde brasileiro.


Fonte: BBC News Brasil


Redes Sociais

Instagram

Siga

Facebook

Curta

X

Siga

Últimas Notícias

Registre-se

Mulher-300x250.gif
Categorias
BannerWebSenhora_2496x500.gif
bottom of page