Brasil despenca no ranking global de crescimento do PIB e ocupa 32ª posição entre 55 países

Com avanço de apenas 0,4% no segundo trimestre de 2025 e Selic em 15%, país perdeu espaço para economias emergentes menores e viu desaceleração mais forte que a média mundial

Imagem: ShutterStock Inc.

O Brasil caiu do 5º para o 32º lugar no ranking global de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 55 países analisados pela Austin Rating, com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre de 2025, a economia brasileira registrou expansão de apenas 0,4%, uma desaceleração acentuada em relação ao desempenho do trimestre anterior. O resultado colocou o país atrás de vizinhos latino-americanos como México, Chile e Colômbia, e também de economias menores da Ásia e do Leste Europeu.

De acordo com o levantamento, o principal fator para a perda de ritmo é o custo elevado do crédito, resultado da taxa Selic mantida em 15% pelo Banco Central. A política monetária restritiva tem freado o consumo, os investimentos e a geração de empregos, além de pressionar o endividamento das famílias e das empresas. Em contrapartida, o cenário contrasta com o desempenho de países como Índia, China e Estados Unidos, que mantêm expansão acima da média global.

“O país perdeu fôlego por causa da combinação de juros altos, incerteza fiscal e baixo investimento produtivo. Isso tem limitado a capacidade de retomada mesmo com o cenário externo favorável”, avalia a Austin Rating.

O resultado acende alerta para o segundo semestre, quando analistas esperam que o Banco Central inicie um ciclo de cortes mais agressivo na taxa básica, a fim de reativar a economia e recuperar parte da confiança perdida nos mercados internacionais.

Fontes: Austin Rating, O Globo, Exame, IBGE, FMI