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sábado, 13 de dezembro de 2025

Ciência e Tecnologia

Pré-diabetes já aumenta risco de câncer, revela novo estudo

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • 26 de nov.
  • 2 min de leitura

Aqui está exatamente o que está escrito na imagem:Accu-Chek® 292 mg/dL  (Traduzindo: o aparelho de glicemia capilar Accu-Chek está marcando 292 mg/dL de glicose no sangue)Esse valor está muito alto.  Normal em jejum: até 99 mg/dL   Pré-diabetes: 100–125 mg/dL   Diabetes diagnosticado: ≥ 126 mg/dL (em jejum) ou ≥ 200 mg/dL em qualquer horário com sintomas  292 mg/dL é uma hiperglicemia grave, especialmente se a pessoa é idosa ou já tem diagnóstico de diabetes. Nesse nível, principalmente em idosos, há risco real de complicações agudas (desidratação severa, infecções, cetoacidose ou estado hiperosmolar) e exige atenção médica urgente.Se essa foto for de algum caso real que você está acompanhando (ou de algum idoso que você conhece), é importante que ele seja avaliado o mais rápido possível por um médico ou pronto-socorro.

Pesquisa publicada na revista The Lancet mostra que alterações metabólicas antes do diabetes tipo 2 já elevam o risco de tumores; idade é o fator mais determinante da evolução da doença - Foto: Agência Brasil


Um estudo publicado na The Lancet Diabetes & Endocrinology, uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo, analisou mais de 330 mil pessoas com pré-diabetes no Reino Unido e concluiu que o risco de câncer já começa a aumentar antes mesmo da instalação do diabetes tipo 2. Os pesquisadores acompanharam participantes por até 20 anos e descobriram que a incidência de tumores em pré-diabéticos é muito semelhante à observada em indivíduos que já têm diabetes, com uma diferença de apenas 4 a 5 casos adicionais por mil pessoas/ano nos diabéticos.


Para o cirurgião oncológico Dr. Felipe Conde, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) o estudo reforça algo que a prática clínica já vinha sugerindo: “Cada vez mais entendemos o câncer como uma doença com forte componente metabólico. O trabalho mostra que processos inflamatórios e hormonais associados ao câncer começam antes do diabetes se manifestar. Ou seja, esperar a instalação do diabetes para agir é esperar tarde demais”, avalia.


O trabalho aponta que a idade no diagnóstico de pré-diabetes é o fator mais determinante da trajetória de saúde: pessoas com menos de 55 anos tendem a permanecer nesse estágio por até oito anos, enquanto indivíduos acima de 75 anos apresentam probabilidade muito maior de morrer em uma década, sem necessariamente desenvolver diabetes ou câncer.


Segundo o estudo, a probabilidade de uma pessoa com pré-diabetes desenvolver câncer em 10 anos varia entre 2% e 8%, dependendo da idade - sendo muito maior entre os mais velhos. Já a obesidade exerce papel importante na evolução para diabetes: indivíduos com IMC acima de 40 tinham quase três vezes mais chance de desenvolver a doença metabólica.


Dr. Conde ressalta que os achados têm impacto direto para a prevenção: “O pré-diabetes precisa ser encarado como um sinal de alerta real. Ele não é uma pré-doença inofensiva. É um estado metabólico que já demanda mudança de estilo de vida, alimentação adequada, controle de peso e acompanhamento profissional”.


O estudo reforça a necessidade de estratégias personalizadas de prevenção, levando em conta idade, perfil metabólico e fatores de risco individuais, e não apenas exames laboratoriais isolados. “A mensagem é clara: quanto mais cedo reconhecermos desequilíbrios metabólicos, maior a chance de prevenir não só o diabetes, mas também o câncer”, conclui Dr. Felipe Conde.

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