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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Sociedade

Professora é assassinada em Ipojuca horas após ir depor sobre desvios de emendas parlamentares

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • 29 de out.
  • 3 min de leitura

Simone Marques, de 46 anos, foi morta a tiros no quintal de casa após comparecer à delegacia para falar sobre suposto esquema de corrupção que pode ter desviado R$ 27 milhões. Polícia investiga motivação do crime e possível envolvimento político.


Simone Marques da Silva foi morta a tiros em Ipojuca, no Grande Recife — Foto: Reprodução/Instagram
Simone Marques da Silva foi morta a tiros em Ipojuca, no Grande Recife — Foto: Reprodução/Instagram

A professora universitária Simone Marques da Silva, de 46 anos, foi assassinada a tiros na tarde da terça-feira (28), no Centro de Ipojuca, Região Metropolitana do Recife. O crime ocorreu poucas horas depois de Simone ter comparecido à Delegacia de Porto de Galinhas para prestar depoimento em um inquérito que investiga desvios de emendas parlamentares da Câmara Municipal de Ipojuca.


Simone chegou à delegacia por volta das 12h40, acompanhada de um advogado, mas não chegou a ser ouvida, pois outro procedimento estava em andamento. Ela recebeu uma certidão de comparecimento, remarcou o depoimento para o dia seguinte e retornou para casa. Às 15h55, a Polícia Militar foi acionada após relatos de tiros. Simone foi encontrada sem vida no quintal da residência onde morava com os pais, na Rua Ana Maria Dourado.


Simone era professora da Faculdade Novo Horizonte, também conhecida como Instituto Nacional de Ensino, Sociedade e Pesquisa (Inesp), instituição mencionada nas investigações por supostamente integrar um esquema de desvio de recursos públicos estimado em R$ 27 milhões.


O Inesp teria recebido verbas de emendas impositivas de vereadores de Ipojuca, recursos que deveriam ser destinados a projetos de saúde pública. Segundo o inquérito, parte desses valores foi repassada a associações de fachada e entidades sem estrutura técnica para executar os serviços contratados.


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As investigações apontam Gilberto Claudino da Silva Júnior, gestor do Inesp, como coordenador das fraudes. Ele teve prisão preventiva decretada, mas fugiu horas antes da operação que cumpriria o mandado em um condomínio de luxo na Praia do Cupe, em Porto de Galinhas. Claudino também já havia presidido outras entidades suspeitas de participação no esquema.


Instituto de Gestão de Políticas do Nordeste (IGPN) foi identificado como o maior beneficiário das emendas, recebendo mais de R$ 6 milhões em menos de um ano. A instituição foi criada em Barreiros e posteriormente transferiu sua sede para Catende, a mais de 100 km de Ipojuca, onde teria sido contratada para atuar na saúde mental do município.


Até o momento, três pessoas foram presas:


  • Maria Netania Vieira Dias, esposa de Gilberto Claudino, responsável pelos projetos das associações envolvidas;

  • Edjane Silva Monteiro e Eva Lúcia Monteiro, advogadas e irmãs, ligadas à Rede Vhida, outra instituição usada no esquema.


Outros três investigados seguem foragidos, todos com vínculos com o IGPN:


  • Geraílton Almeida da Silva, apontado como mentor e articulador da rede criminosa;

  • Júlio César de Almeida Souza, primo de Geraílton e diretor financeiro do IGPN;

  • José Gibson Francisco da Silva, atual presidente do instituto.


Polícia Civil de Pernambuco não descarta motivação política no assassinato de Simone e apura também o envolvimento de vereadores no esquema de corrupção.


O corpo de Simone Marques da Silva foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), e a Polícia informou que novas diligências estão em andamento para identificar os autores e mandantes do crime.


Fontes: g1, Diário de Pernambuco, Polícia Civil de Pernambuco.

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