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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Sociedade

OCDE coloca Brasil entre os países com mais jovens excluídos da educação e do mercado

  • Foto do escritor: luzarjudith
    luzarjudith
  • 15 de set.
  • 2 min de leitura
Imagem criada por IA: Jovem de aproximadamente 25 anos, com blusa preta do pacman,  sentado em um sofá com salgadinho de um lado e controle do PS4 do outro segura controle remoto apontando para a TV
Imagem gerada por Inteligência Artificial.

O Brasil ocupa a 4ª posição mundial no ranking de jovens que não estudam nem trabalham, conhecidos como “nem nem”, segundo o relatório Education at a Glance 2025, divulgado pela OCDE. O levantamento mostra que 24% dos brasileiros entre 18 e 24 anos estão nessa condição, muito acima da média dos países-membros, que é de 14%.


De acordo com o estudo, apenas Colômbia, Turquia e África do Sul registraram índices mais altos. O dado preocupa porque representa perdas sociais e econômicas de longo prazo, incluindo menor produtividade, redução da renda coletiva e maior risco de marginalização.


Outro ponto destacado é que o Brasil continua sendo um dos poucos países que ainda utiliza exclusivamente exames acadêmicos como forma de ingresso no ensino superior público. A OCDE observa que isso limita as oportunidades de jovens que poderiam ter seu potencial avaliado também por histórico escolar, habilidades ou experiências complementares.


A situação brasileira também está ligada à baixa oferta de cursos técnicos e profissionalizantes, o que poderia abrir caminhos para aqueles que não seguem a carreira universitária tradicional. Além disso, o setor privado é apontado como peça-chave para a mudança, com possibilidade de oferecer mais estágios, mentorias e programas de desenvolvimento de habilidades socioemocionais.


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Comparativo regional

No Cone Sul, dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apontam que países como Argentina, Chile e Uruguai têm taxas próximas de 15%, bem abaixo do Brasil. O Paraguai registra cerca de 17%.

País

% de jovens 18-24 anos sem estudar e sem trabalhar

Colômbia

28%

Turquia

26%

África do Sul

25%

Brasil

24%

Média OCDE

14%

Argentina

15%

Chile

15%

Paraguai

17%

Uruguai

16%

Ranking do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)


Apesar do mau desempenho no ranking da OCDE, indicadores internos mostram uma leve melhora nos últimos anos. Segundo o IBGE, em 2023 o número de jovens de 15 a 29 anos nessa condição caiu para 10,3 milhões, o menor patamar desde 2012. Ainda assim, a desigualdade de gênero e raça persiste: mulheres negras e pardas têm índices bem mais altos de exclusão escolar e laboral em comparação a homens e mulheres brancas.


Especialistas alertam que políticas integradas de educação, trabalho e assistência social são necessárias para enfrentar o problema, combinando ampliação da educação técnica, diversificação no ingresso ao ensino superior e maior inserção de empresas em programas de formação.


Fontes: Carta Capital, OCDE, IBGE, BID, ONU Brasil

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