Mais de 700 pinguins são encontrados mortos no litoral de São Paulo
- Allyson Xavier
- 23 de ago.
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Atualizado: 30 de ago.

Entre os dias 15 e 21 de agosto de 2025, o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) registrou a morte de 739 pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) nas praias de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo. A descoberta levanta preocupações sobre os impactos ambientais e as condições enfrentadas por essa espécie durante suas migrações.
Os pinguins encontrados estavam em estado avançado de decomposição, o que dificulta a identificação precisa das causas das mortes, segundo o IPeC. No entanto, com base em necropsias de animais frescos e no estado clínico de indivíduos vivos, o instituto aponta possíveis razões para os encalhes: longas distâncias percorridas na migração, escassez de alimentos, parasitoses, infecções e interações com atividades pesqueiras.
Apesar do número expressivo de mortes, especialistas afirmam que a espécie não está em risco imediato de extinção. Estima-se que existam entre 2 e 3 milhões de pinguins-de-Magalhães na natureza, com grandes colônias localizadas principalmente na Argentina. Contudo, eles enfrentam ameaças crescentes devido a pressões antrópicas, como a pesca e a poluição, além de mudanças climáticas que afetam seus habitats.
O IPeC, organização responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, desempenha um papel crucial na conservação da fauna marinha. Além de realizar salvamentos e reabilitação de animais, a instituição também gerencia a destinação adequada de carcaças de espécies como pinguins, focas e baleias encontradas nas praias da região.
A situação reforça a importância de ações contínuas de monitoramento e preservação para proteger a biodiversidade marinha no litoral paulista. O IPeC segue acompanhando os encalhes e investigando os fatores que contribuem para esses eventos, buscando mitigar os impactos sobre a fauna local.
Fonte: Agência Brasil



















