Ex-deputado do PT Paulo Frateschi morre após ser esfaqueado pelo filho
- Allyson Xavier
- há 6 horas
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Aos 75 anos, ex-presidente estadual do PT foi atacado dentro de casa na zona oeste da capital. Polícia investiga caso como homicídio e aponta surto psicótico do agressor.

O ex-deputado estadual e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo, Paulo Frateschi, morreu na noite de quinta-feira (6) após ser esfaqueado pelo próprio filho, em sua residência localizada no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista.
Segundo informações da Polícia Militar, o autor do crime seria Francisco Frateschi, de 34 anos, que teria sofrido um surto psicótico. Durante o ataque, o ex-parlamentar foi atingido por golpes na cabeça e no braço. A esposa tentou intervir e também ficou ferida.
Paulo Frateschi chegou a ser socorrido, mas sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (Ceasa), que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do crime.
“É uma tragédia que nos deixa sem palavras. Paulo foi um companheiro histórico da luta democrática”, disse uma liderança do PT em nota de pesar.
Histórico político e trajetória
Frateschi foi uma das figuras mais antigas do PT em São Paulo, militou contra a ditadura militar e foi preso político em 1969. Com trajetória marcada pela defesa de causas sociais, exerceu mandato como deputado estadual, presidiu o diretório paulista do partido e ocupou cargos na administração pública municipal.
Amigo próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frateschi era respeitado dentro da legenda por seu papel na organização do PT nas décadas de 1980 e 1990. A vida pessoal do ex-deputado também foi marcada por tragédias. Ele perdeu dois filhos em acidentes de trânsito, um em 2002 e outro em 2003, ambos ainda jovens.
Investigação e repercussão
A Polícia Civil confirmou que o filho de Paulo Frateschi foi detido e encaminhado para atendimento psiquiátrico. O caso é investigado como homicídio qualificado.
O Partido dos Trabalhadores divulgou nota lamentando a morte do ex-parlamentar e destacou “sua dedicação à democracia, à justiça social e às causas populares”. Diversas lideranças políticas prestaram solidariedade à família.
O episódio reacende o debate sobre saúde mental e violência doméstica, especialmente quando associadas a surtos psicológicos sem acompanhamento adequado.
Fontes: Metrópoles, CNN Brasil, CartaCapital, Agência Estado.





















