STJ anula condenação de Adriana Villela no caso do Crime da 113 Sul
- Allyson Xavier
- 3 de set.
- 2 min de leitura

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (2) anular a condenação da arquiteta Adriana Villela, que havia sido sentenciada a 61 anos de prisão pela morte dos pais e da empregada da família, em 2009, em Brasília. O caso, conhecido como Crime da 113 Sul, agora volta à fase inicial, permitindo que novas provas sejam analisadas e as antigas revisadas.
O que é o Crime da 113 Sul?
Em agosto de 2009, o advogado José Guilherme Villela, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sua esposa, Maria Carvalho Villela, e a empregada da família foram assassinados na casa onde moravam, na quadra 113 Sul, em Brasília. Adriana Villela, filha do casal, foi acusada de ser a mandante do crime e condenada em um julgamento anterior.
Por que a condenação foi anulada?
A decisão do STJ veio após um recurso da defesa de Adriana, que alegou falhas no processo. O ministro Sebastião Reis Júnior, que liderou a decisão, explicou que os advogados de Adriana não tiveram acesso a tempo aos depoimentos de outros três acusados — Leonardo Campos Alves, Paulo Cardoso Santana e Francisco Mairlon Barros Aguiar. Esses depoimentos, que apontavam Adriana como mandante, só foram entregues no sétimo dia do julgamento, prejudicando a defesa. As falas dos outros acusados foram gravadas em 2010, mas só liberadas em setembro de 2019.
O que acontece agora?
Com a anulação, o processo volta para a primeira etapa, como se fosse um caso novo. O juiz poderá reexaminar as provas antigas e aceitar novas evidências. A decisão do STJ foi apertada: dois ministros (Rogério Schietti Cruz e Og Fernandes) votaram para manter a condenação, mas outros dois (Sebastião Reis Júnior e Antonio Saldanha Palheiro) e um desembargador (Otávio de Almeida Toledo) decidiram pela anulação.
Impacto do caso
O Crime da 113 Sul é um dos casos mais conhecidos de Brasília, e a anulação da condenação reacende o debate sobre a investigação. A defesa de Adriana Villela espera que o novo processo esclareça os fatos e garanta um julgamento mais justo. Fonte: STJ


















