Governo recua e reduz projeção do salário mínimo de 2026
- Eixo Central
- 1 de dez.
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Revisão indica menor crescimento para o piso e acende alerta sobre custos, inflação e contas públicas

O governo federal rebaixou a estimativa oficial para o salário mínimo de 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627, quatro reais abaixo da previsão anterior, que apontava R$ 1.631. A atualização aparece em documentos enviados pelo Ministério do Planejamento ao Congresso como parte do material que embasa a análise do Orçamento do próximo ano.
A nova projeção sinaliza um reajuste menor do que o previsto meses atrás. A mudança leva em conta a desaceleração da inflação, o comportamento do PIB e ajustes na política fiscal.
Pelas regras atuais, o salário mínimo é calculado com base no INPC do ano anterior somado ao desempenho do PIB de dois anos antes, fórmula retomada pelo governo Lula para garantir valorização real quando houver crescimento econômico. A revisão para 2026 é resultado de indicadores recentes que mostram inflação mais baixa e ritmo econômico menos acelerado. A mudança também busca conter o avanço das despesas obrigatórias, já que qualquer aumento no piso impacta diretamente benefícios previdenciários, programas assistenciais e gastos de pessoal.
Apesar de o governo sustentar que a alteração é estritamente técnica, analistas destacam que a revisão pode gerar atrito com centrais sindicais, que cobram aumentos reais mais expressivos. Ainda assim, o Planalto afirma que novas atualizações podem ocorrer até o fim de 2025, conforme o comportamento da economia.
O valor de R$ 1.627 ainda não é definitivo e dependerá dos resultados consolidados do INPC de 2025 e do PIB de 2024, além das rodadas internas de revisão orçamentária.
O debate sobre o piso ocorre em meio a um cenário de desaceleração econômica global, pressão sobre as contas públicas e busca por credibilidade fiscal. Como o salário mínimo afeta diretamente milhões de trabalhadores e aposentados, qualquer ajuste se torna imediatamente sensível.
Fontes: Metrópoles, CNN Brasil, Folha de S.Paulo





















