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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Mundo

Donald Trump designa Antifa como organização terrorista nos EUA

  • Foto do escritor: Allyson Xavier
    Allyson Xavier
  • 27 de set.
  • 2 min de leitura

Donald Trump em primeiro plano com fundo desfocado Ele está olhando para para a esquerda, 45 graus ao alto

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta semana classificando o movimento Antifa como “organização terrorista”. A medida, considerada grave por especialistas, pode restringir a liberdade de expressão e justificar repressões autoritárias, assemelhando-se a práticas de regimes ditatoriais. “Na verdade, o que ele está suspendendo, sem mexer na Constituição, é o direito constitucional da livre expressão, de protesto, de dissenso, que é próprio da democracia”, afirmou Thiago Rodrigues, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) à Agência Brasil.


Ele destacou a gravidade da medida: “É equivalente a políticas de repressão de uma ditadura militar, como houve no Brasil. A pessoa que é contra o regime é considerada subversiva, como traidora da pátria.”

A decisão veio após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, aliado de Trump, em Utah. Embora o suspeito, um estudante de 22 anos, não tenha ligação comprovada com grupos organizados, Trump atribuiu o crime à “esquerda radical”. A designação do Antifa como terrorista foi uma represália.


O Antifa, porém, não é uma organização estruturada, mas uma bandeira antifascista defendida por diversos movimentos progressistas, especialmente após os protestos do Black Lives Matter. “Não existe um grupo organizado, com hierarquia, que se chame Antifa”, explicou Rodrigues. “É uma tática motivada por uma ideologia antifascista e anticapitalista. É preocupante designar uma forma de pensar como terrorista.”


A medida abre brechas para criminalizar movimentos contrários ao governo. “É muito possível que essa associação facilite o uso de medidas autoritárias contra grupos progressistas”, alertou Clarissa Nascimento Forner, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ela destacou que o termo “terrorismo” autoriza práticas violentas, evocando a memória dos ataques de 11 de setembro de 2001, que marcaram a “guerra ao terror” nos EUA.


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A Ordem Executiva 13.224, de 2001, permite ao governo bloquear ativos e investigar indivíduos ou entidades ligados ao terrorismo. O decreto de Trump determina que agências investiguem e desmantelem operações do Antifa ou de seus apoiadores. “Isso segue uma lógica de governos autoritários, como na Rússia, Hungria e Venezuela, que enfraquecem a sociedade civil”, observou Kai Lehmann, professor da Universidade de São Paulo (USP).


A medida também pode pressionar o Brasil, onde Trump já incentivou classificar grupos criminosos como terroristas. “Isso pode reforçar pressões sobre grupos antifascistas no Brasil”, disse Forner. Lehmann, porém, acredita que a independência judicial brasileira dificultaria a adoção de medida semelhante.

Com informações da Agência Brasil

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