MP-SP investiga mais de 50 gastos de Andrés Sanchez no Corinthians e cobra explicações
- Allyson Xavier
- 3 de out.
- 2 min de leitura
Ministério Público pede detalhamento de despesas feitas com cartão corporativo durante gestão do ex-presidente; clube admite dificuldade em responder

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma frente de investigação contra o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, por mais de 50 gastos suspeitos realizados com o cartão corporativo do clube entre 2018 e 2020, período em que exercia seu segundo mandato no comando da instituição.
O promotor Cassio Roberto Conserino, responsável pelo caso, deu prazo de 10 dias corridos para que a atual diretoria do Corinthians apresente justificativas para as despesas, que vão desde viagens a compras em estabelecimentos de luxo.
Segundo apuração da Gazeta Esportiva, a diretoria alvinegra recebeu a notificação com surpresa e considera praticamente impossível atender integralmente ao pedido, devido à falta de controle interno detalhado sobre gastos cotidianos de dirigentes em gestões passadas. O clube já teria entregue as faturas referentes ao período, mas deve alegar dificuldades em fornecer informações adicionais.
Na última quinta-feira (2/10), o promotor Conserino ouviu Andrés Sanchez por videoconferência em um depoimento que durou cerca de 15 minutos. Dois pontos chamaram atenção:
Gasto de R$ 7 mil em Fernando de Noronha (2020): Andrés admitiu que estava embriagado na ocasião e alegou ter confundido o cartão corporativo do clube com um cartão pessoal, ambos do mesmo banco.
Compra de R$ 5 mil em joalheria: o ex-presidente afirmou ter adquirido um relógio para presentear um integrante da CBF, alegando que a prática é comum no meio do futebol e justificando o gasto como um gesto institucional.
O MP-SP decidiu desmembrar os processos envolvendo Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e o atual presidente Augusto Melo, para que cada caso seja analisado separadamente. A tendência é que o de Andrés seja o primeiro a avançar para a Justiça, por meio de uma denúncia formal.
Apesar de o advogado de Sanchez ter solicitado dispensa da oitiva, sob o argumento de que os fatos já haviam sido explicados, o ex-presidente optou por comparecer ao depoimento.
O caso agora depende da análise do Ministério Público sobre as justificativas apresentadas e das informações que ainda deverão ser entregues pela diretoria do clube.
Fontes: Gazeta Esportiva, Ministério Público de São Paulo






















